Segundo o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron, a maioria da população brasileira está com excesso de peso. “Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS/2019) afirmam que 60,3% dos adultos (96 milhões) estão acima do peso acima do recomendado, e 25,9% (41,9 milhões) numa condição mais preocupante, a de obesidade”, afirma ele.
A obesidade, alerta o nefrologista, é um fator de risco pujante para o desenvolvimento de doença renal. De acordo com ele, o excesso de peso e a obesidade podem acarretar diversos problemas, desde limitações físicas, até afetar a maioria dos sistemas e órgãos do corpo, como coração, fígado, articulações, sistema reprodutivo e, inclusive, rins.
A obesidade pode influenciar o desenvolvimento da doença renal crônica (DRC) devido à predisposição a nefropatia diabética, nefroesclerose hipertensiva e glomeruloesclerose segmentar e focal (um tipo de nefrite). “Além disso, o sobrepeso e a obesidade, por si sós já estão associados a alterações renais hemodinâmicas, estruturais, histológicas, metabólicas e bioquímicas que levam à doença renal. Por exemplo: com o aumento da massa corporal, os rins precisam trabalhar mais para filtrar o sangue, o que causa sobrecarga nos órgãos”, completa o médico.
O médico Mário Henriques chama a atenção para os fatores de risco para a obesidade e a doença renal crônica. De acordo com ele, o sedentarismo é um desses fatores. “Os hábitos sedentários estão relacionados ao aumento do risco de hipertensão arterial, da diabetes e à própria obesidade. Essas condições podem trazer prejuízos aos rins”, ressalta. Outro fator é a alimentação rica em sal e gordura, que pode contribuir para o desenvolvimento da hipertensão arterial. “Já a ingestão em excesso de açúcar e carboidratos refinados pode aumentar o risco de obesidade e diabetes”, ressalta.
Fonte: Uninefron