O diabetes mellitus é uma condição metabólica crescente em cães e gatos, representando um desafio significativo na medicina veterinária. O manejo nutricional desempenha um papel crucial na prevenção e controle desta doença, que pode impactar seriamente a qualidade de vida dos pets.
A prevenção do diabetes começa com a manutenção do peso ideal do animal. A obesidade é um fator de risco significativo, aumentando a resistência à insulina. Uma dieta balanceada com controle calórico rigoroso é essencial, envolvendo a escolha correta de alimentos, método de alimentação e frequência das refeições.
Para gatos, propensos ao diabetes tipo 2, dietas ricas em proteínas e baixas em carboidratos são altamente eficazes. Esta abordagem mimetiza a dieta natural carnívora dos felinos, ajudando a manter níveis estáveis de glicose no sangue. Recomenda-se que os carboidratos não ultrapassem 10% do total de calorias da dieta felina.
Em cães, o foco está no controle glicêmico através da escolha cuidadosa de carboidratos. Fontes de carboidratos complexos com baixo índice glicêmico, como vegetais não amiláceos e grãos integrais, são preferíveis. Alimentos com alto índice glicêmico devem ser evitados.
A frequência das refeições também influencia o controle glicêmico. Para cães, geralmente recomenda-se duas a três refeições diárias, enquanto gatos podem se beneficiar de várias pequenas refeições ou alimentação ad libitum com dietas apropriadas.
A inclusão de fibras solúveis na dieta é benéfica, ajudando a retardar a absorção de glicose e promovendo saciedade. O exercício regular é fundamental para manter a sensibilidade à insulina e o peso adequado, devendo ser adaptado às capacidades do animal.