Apesar do alto índice de obesidade e excesso de peso, a população de Macapá, capital do Amapá, já demonstra hábitos mais saudáveis. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde, 23,6% dos habitantes da capital estão obesos e que 56,8% possuem excesso de peso. Os índices são mais altos do que há dois anos, quando 19,9% eram obesos e 51,6% tinham excesso de peso. Na contra mão desses altos percentuais, o consumo regular de frutas e hortaliças cresceu 16,3% (de 2008 a 2017), a prática de atividade física no tempo livre aumentou 133% (de 2009 a 2017) e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 64%, acima da média nacional.
“Mesmo com esta tendência a estabilidade e com o crescimento de pessoas que praticam atividade física e que estão consumindo alimentos mais saudáveis, não podemos deixar de continuar vigilantes com a população de Macapá. A obesidade e o sobrepeso são portas de entrada para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que prejudicam a saúde da população e que poderiam ser evitadas”, ressaltou a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.
Ainda na capital, o consumo de refrigerantes e sucos artificiais caiu 64%, ao longo dos últimos 11 anos. Em 2007, 38,4% da população de Macapá consumiam esse tipo de bebida. No ano passado, o índice foi para 13,8%. Na comparação entre os sexos, as mulheres foram as que mais deixaram de ingerir refrigerantes, elas apresentaram uma queda de 72,5% contra 55,4% dos homens.
A Vigitel mostrou ainda que a população de Macapá tem mantido aumentado o consumo regular de frutas e hortaliças. Percebe-se que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos ficou parecida em ambos os sexos, passando de 22% em 2008 e indo para 25,6%, em 2017.
Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC). Por meio dele, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Assim, entre fevereiro e dezembro de 2017, foram entrevistados por telefone 53.034 pessoas.
Fonte: GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ